No creo en el machismo como una perversión histórica y mundial contra la mujer.  Las confabulaciones duran un tiempo, pertenecen a los hombres políticos, no al género humano, algunos años, las cosas cambian después.

De hecho, en qué consiste el machismo.

Por una mala definición de machismo, generalizada y básica, hoy no se puede mirar, no se pueden hacer películas, tampoco cortejar, ni escribir poemas, ni discutir, hoy uno corre el riesgo de condenarse, es necesario tener cuidado.

Por una enfermedad de la definición, la sociedad, o una parte que grita, me hace sentir culpable y yo tengo la seguridad de que no están en lo cierto.

Cuando alguien me hace sentir culpable, lo odio, es una reacción instintiva contra la cárcel.

Proliferan caras agrias, de mal con la vida, ciertamente violentas.  Nunca vi tanta intolerancia en las redes sociales, qué difícil es hablar.

Todo es construcción social, el fútbol, la ropa, la comida, los roles, el lenguaje, la biblia, la distribución de la casa, la literatura infantil, dónde está el ingeniero supremo, no será el mundo hecho a sí mismo a lo largo del tiempo…

La dimensión del hombre.

Supongo que hace, 200, 300, 400, 2000 años las cosas eran como podían, hace tiempo que rehusé juzgar lo que no vivo.

No veo víctimas sistémicas, abomino de las victimistas, sean judíos, negros, inmigrantes, blancos en negro, bolivianos, busquemos los desvalidos, los oprimidos, las víctimas verdaderas, veamos la casuística del desorden, pongamos concierto.

No acusemos.

¿Es la hora de que el hombre se rebele, estuvo alguna vez en contra de la mujer, en qué fecha la condenó, quién está por detrás de todo esto, dónde se fabrican estas ideas asustadoras?

 

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1 comentário

  1. Prezado Prof. Villanueva, boa noite.
    Sou aluna do A2 e gostaria, primeiramente, de pedir desculpas por escrever em português, mas diante da delicadeza do assunto não poderia fazê-lo em outra língua. Peço, também, de antemão, desculpas caso tenha interpretado alguns pontos do seu texto erroneamente.
    No último dia 21 de abril, o senhor publicou, na página da escola, o texto El machismo y la cárcel e, com o devido respeito, gostaria de informá-lo sobre o espanto e o constrangimento que senti quando li seu artigo.
    Prof. Villanueva, não farei grandes digressões sobre o machismo, mas com uma passada rápida de olhos nos dicionários já podemos estabelecer a premissa principal da minha mensagem. O machismo é definido pelo Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa como “qualidade de macho, especialmente no sentido de valente, mandão, superior, e como expressão de um complexo de superioridade em relação às mulheres.” (p. 582 – destaquei). No Dicionário de Língua Espanhola da Real Academia Española encontramos significado muito próximo, qual seja, “actitud de prepotencia de los varones respecto de las mujeres.”
    O machismo é mais do que uma perversão histórica. Consiste, antes, em uma relação de poder, estruturalmente formada, em que os homens, durante a história da civilização, na maior parte do planeta, e de diversas formas, subjugam as mulheres.
    Afirmar que não se pode olhar, que não se pode fazer filmes, tampouco cortejar não corresponde aos fatos, Professor. Com todo respeito, existe um exagero nessa afirmação. Penso que o senhor poderia ouvir as mulheres que o cercam, sejam de sua família, de seu trabalho, de sua vida social e perguntar como essas mulheres se sentem quando são assediadas. Ninguém reclama de um elogio educado e sem segundas intenções, mas é absolutamente repugnante os olhares e o assédio verbal. A linha entre o elogio e o assédio, muitas vezes, é tênue, especialmente em uma sociedade como a nossa, mas é importante que os homens saibam o constrangimento que podem causar e o que as mulheres pensam a respeito.
    Não penso que fazem o senhor se sentir culpado. Penso, sim, que é necessário repensar o modo como, às vezes, um suposto “elogio” pode causar constrangimento e humilhação para uma mulher. É importante ouvir e refletir sobre o que as mulheres tem a dizer e que durante séculos não foi possível.
    Aliás, é importante que se ressalte que esses “cortejos” podem assumir um caráter tão repugnante que o legislador brasileiro tipificou o assédio verbal no artigo 61 da Lei de Contravenções Penais e o assédio sexual no art. 216-A do Código Penal.
    Acredito também que não se trata de intolerância, mas de reação a séculos de opressão sistematizada. O Brasil, por exemplo, é o quinto país que mais mata mulheres no mundo. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada em nosso país. E esses crimes são efeitos diretos de uma estrutura machista, em que o corpo e a vida da mulher são tidos com menosprezo, por conta justamente de uma “actitud de prepotencia de los varones respecto de las mujeres.” Professor Villanueva, todos nós, sem exceção, contribuímos para essa violência quando fechamos os olhos, negamos a existência do machismo e deslegitimamos a luta das mulheres.
    Outro ponto que me chamou a atenção foi o fato de o senhor mencionar que “abomina os vitimistas, sejam judeus, negros, imigrantes, (…) bolivianos (…)” . Não tenho dúvidas de que o senhor sabe a tragédia humana que foi o holocausto, a vergonha histórica que nós, brasileiros, carregamos com um período de quase 300 anos de escravidão, a atual e crescente crise humanitária dos imigrantes pelo mundo e a exploração dos nossos vizinhos bolivianos aqui no Brasil no ramo das confecções de roupas. Não se trata de vitimismo, Professor. Qual o conceito de “vítimas verdadeiras”? Judeus, negros, imigrantes, mulheres não são considerados vítimas “verdadeiras” ? O que mais deveria ter acontecido a esses seres humanos para poderem ser qualificados como vítimas? Se fornos e câmaras de gás em campos de concentração nazistas, grilhões nos pescoços de negros escravizados, fome, estupros e assassinatos sistemáticos não foram suficientes para reconhecer a miséria e indignidade humanas que atingiram essas populações, eu realmente não sei mais o que é necessário para qualificar a situação de vítima. O resgate da memória desses eventos não busca estabelecer papeis de “mocinhos” x “bandidos”, mas evitar que novas tragédias desse tipo aconteçam.
    Temos, como cidadãs e cidadãos e por princípio ético, que reconhecer que determinadas categorias de indivíduos, por algumas razões (gênero, raça, classe social e origem, por exemplo) são historicamente discriminados e enfrentam dificuldades para sobreviver neste planeta. Podemos até não nos solidarizarmos, mas é importante reconhecer que, infelizmente, nem todos tem as mesmas chances e mais do que isso: para muitos sequer é dado o direito de viver. Não por acaso, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, nos termos do art. 3º, I, da Constituição da República.
    Acredito que não tenha sido sua intenção, mas seu texto acaba, ainda que sem querer, dando suporte à perpetuação da desigualdade e da violência contra a mulher. Na condição de proprietário de uma instituição de ensino, tenho certeza que o senhor e sua super competente equipe zelam e se preocupam com seus alunos e alunas (afinal, sou aluna também). Nesse contexto, vocês tem o poder de desenvolver um papel fundamental no combate à desigualdade e à construção de um mundo um pouco melhor. A única saída para combater a violência em geral, e em especial, a violência contra a mulher, é a educação, Professor. Precisamos contar com todas e todos para o avanço de causas que consagrem a dignidade do ser humano.
    Mais uma vez peço desculpas se, por problemas de interpretação, cometi algum engano. Espero que o espanto e o constrangimento iniciais que tomaram não só a mim, mas a outras alunas e alunos, acabem por se tornar diálogos e debates de ideias para que todos nós possamos aprender um pouco mais e contribuir para um mundo com mais igualdade e liberdade.
    Muito obrigada.
    Atenciosamente.
    Beatriz Pereira

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