Segundo Villanueva Fernández / São Paulo, 22 de Maio de 2023
No século XIV os judeus foram expulsos do território que hoje corresponde a Europa, os da Península Ibérica escolheram o norte de África para residir, são os Sefaraditas, porém, a maioria decidiu ficar e misturar-se. De um total de 700.000, aproximadamente 70.000 migraram para Egipto e outras regiões fronteiriças. Eles conservaram um espanhol arcaico, o ladino (até hoje) e ainda reclamam posses e casas em cidades como Toledo, conservando a chave da porta principal como um legado histórico.
Os marranos eram judeus conversos que decidiram ficar, misturarse com outras raças e se integrar numa sociedade borbulhante (América, Granada), porém, ainda, em segredo, conversavam seus costumes. Muitos deles vieram para América ao longo do século XV, e alguns patrocinaram o processo civilizatório da época (Haro era um, como curiosidade cedeu o nome ao que hoje é o principal feudo de produção de vinho de La Rioja).
Originariamente marrano significa sujo, porco, era um termo pejorativo, portanto, hoje está em desuso, e o governo espanhol, como a história é infinita, decidiu exercer um apelo de volta para os sefaradís (sefardís) e judeus que comprovadamente formaram parte da Península Ibérica 500 anos atrás.