Ensinar, aprender ou incorporar?
Do lado do professor, ensinar uma língua através de um entramado de regras gramaticais associadas a uma infinita oferta de exercícios lhe oferece um tentador status de ser superior, que se materializa na repentina hierarquia certamente anacrônica e distante das necessidades reais dos alunos. Hoje não se trata de ensinar. Só.
Do lado do aluno, aprender uma língua através de um entramado de regras gramaticais associadas a uma infinita oferta de exercícios lhe oferece uma tentadora percepção do trabalho bem-feito, porém, distante das necessidades do mundo real, que exige exposição. Hoje não se trata de aprender. Só.
Mario Benedetti dizia que era más importante la mirada que lo que se decía
Incorporar uma língua é radical, dramático, sofrido, ensinar e aprender constituem estágios válidos, porém, a dialética e seus sucedâneos (Mario Benedetti dizia que era más importante la mirada que lo que se decía) é muito mais séria, requer um grande volume de exposição à língua espanhola, cenários reais para a atuação do aluno e uma análise minuciosa do processo baseado numa estatística quase científica de erros e acertos.